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Construindo Pontes e Diálogos
In: Revista Labor, Band 1, Heft 27, S. 295-317
ISSN: 1983-5000
Este texto problematiza resultados parciais de recente investigação com base em uma revisão crítica documental referente à produção cientifica nacional de programas de pós-graduação em Odontologia de 2018-2021, disposta no banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Foi estabelecida uma interlocução entre as Ciências Humanas, Educação, e Saúde no campo da Odontologia área fundada nas Ciências Naturais. A produção científica brasileira no campo da Odontologia, historicamente, tem trabalhado numa visão cartesiana, com um conceito universal de homem construído na cultura, e a categoria sexo como dispositivo de hierarquização dentro de uma divisão binária e heterossexual hegemônica, cuja neutralidade tem sido questionada na literatura científica da saúde. A abordagem da diversidade em uma perspectiva interseccional (marcadores gênero, classe, etnicidade/raça idade/geração e orientação sexual outros), ainda não atinge a prática concreta de dentistas. Há muito ainda o que fazer em todos esses espaços mesmo se consideradas as limitações do estudo que teve como base documental e bibliográfica exclusiva, o banco de dissertações e teses da CAPES.
A violência na experiência de mulheres idosas nos centros de referências da assistência social
In: INTERthesis, Band 18, Heft 1, S. 1-21
ISSN: 1807-1384
A violência contra pessoas idosas é um fenômeno dentro do atual processo de envelhecimento, ocorre de diferentes formas, e, por isso mesmo, sua identificação torna-se difícil dependendo do contexto cultural em que esteja inserida. O assunto que move o presente artigo reside em tornar visível as logicas e motivações presentes na violência de gênero praticadas contra mulheres idosas inseridas nos centros de referência da assistência social (CRASs) em Aracaju. A pesquisa de natureza qualitativa teve seu desenvolvimento mediante a parceria entre teve seu desenvolvimento mediante a parceria entre o Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre a Mulher e Relações de Gênero (NEPIMG) e o Conselho Municipal dos direitos da Mulher (CMDM). Diferentes fontes documentais e empíricas subsidiaram os resultados, priorizando-se sessões de grupo focal com as idosas, visando a contribuir para a avaliação de políticas e programas relacionados ao atendimento de pessoas idosas. Os tipos de violência doméstica contra idosos são a psicológica, a física e a patrimonial, os cuidados com a saúde, medo da pedra do convívio familiar, entre outros aspectos, contribuem para inibir denúncias de episódios de violência doméstica. O arcabouço normativo registra que os cuidados com os idosos são de responsabilidade da família, da sociedade e do Estado, o que sugere atentar para a centralidade da família, tendo o Estado como apoio.
AS INVISÍVEIS DO CÁRCERE: INTERFACES DE MULHERES APRISIONADAS
In: Ambivalências, Band 6, Heft 11, S. 292-321
ISSN: 2318-3888
Este artigo apresenta os resultados decorrentes da dissertação de mestrado em educação intitulada como as invisíveis do cárcere: interfaces identitárias de mulheres aprisionadas. A pesquisa, por sua vez, objetivou descrever e analisar o processo de construção histórica de subjetividades de mulheres presas do Conjunto Penal de Paulo Afonso/BA, destacando a diversidade de experiência e invisibilidade da condição do público feminino comparativamente ao público masculino prisional. Os pressupostos epistemológicos da metodologia qualitativa interpretativa de inspiração pós-crítica constituem o norte teórico do estudo. Foram consultadas várias fontes de informação e instrumentos de coleta de dados como: observação participante, registro em diário de campo e entrevistas semiestruturadas realizadas com 15 mulheres e 10 homens, atribuindo-se especial destaque à voz das mulheres, à construção cultural de identidades e modos de subjetivação. Os resultados questionam as diretrizes com vistas à humanização das condições de atendimento, garantia dos direitos e dignidade, assistência jurídica gratuita, relações de gênero no cárcere, as diferenciações vividas por homens e mulheres na prisão e sua relação com a cultura patriarcal engendrada. Ainda, revelou-se evidencias de que as mulheres ora são tratadas como homens na prisão fomentando uma sonegação de direitos da mulher, outrora, ocorrem processos de abrandamento da pena. A pesquisa destacou os processos formativos educacionais (formais e informais e/ou institucionais e não institucionais) que reproduzem uma cultura heterossexual compulsória e sexista, a qual se expande e se materializa também dentro do cárcere em seus paradigmáticas processos de disciplinamento e coerção dos corpos.
AS REPRESENTAÇÕES DOS SENTIDOS E SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS AO TRABALHO DOCENTE NA PERSPECTIVA DE GÊNERO
In: Ambivalências, Band 1, Heft 2, S. 104-128
ISSN: 2318-3888
Este artigo aborda as representações de gênero no campo da educação, destacando as experiências de socialização do trabalho docente a partir das trajetórias escolares, familiares e profissionais, o sentido e significado do trabalho na perspectiva dos/as docentes e o trabalho como uma categoria central e imaterial na vida dos/as docentes. A metodologia utilizada neste trabalho apoia-se em análises de fontes bibliográficas e em resultados de pesquisas de campo com diferentes dimensões metodológicas. Infere-se que os/as docentes vivenciam as mudanças das relações no interior do trabalho e na família, atribuindo sentidos ao trabalho que realizam a partir de suas identificações como professores/as e homens/mulheres, construídas no decorrer de suas trajetórias.
Notas sobre o feminismo e gênero: compreendendo a relação das categorias com as políticas públicas no Brasil
In: Em pauta: teoria social e realidade contemporânea, Band 19, Heft 47
ISSN: 2238-3786, 1414-8609
O presente artigo discorre sobre o feminismo, sua trajetória como movimento social fundamental na busca dos direitos das mulheres e de que maneira se desenvolveu no Brasil. Foram destacados os estudos feministas e os estudos de gênero para entender os temas que eram fortemente discutidos no interior do movimento e que davam direcionamento para o debate sobre as pautas necessárias. Além disso, discorre-se também sobre a compreensão do termo gênero e a importância dessa categoria, relacionando-a com as políticas públicas brasileiras. A pesquisa, fundamentada no método materialista histórico-dialético, possui cunho teórico que utiliza a abordagem qualitativa e o levantamento bibliográfico, buscando compreender e investigar o objeto escolhido por meio do mapeamento de produções acadêmicas publicadas no catálogo de teses e dissertações da Capes relacionadas à temática. Palavras-Chave: feminismo; gênero; políticas públicas; estudos feministas; estudos de gênero.
HETEROSSEXISMO E HETERONORMATIVIDADE COMO REGULAÇÕES DAS IDENTIDADES SEXUAIS E DE GÊNERO: EFEITOS PRODUZIDOS NO COTIDIANO
In: Interfaces Científicas. Humanas e Sociais, Band 7, Heft 1, S. 33-44
ISSN: 2316-3801
O estudo teve como objetivo realizar uma análise teórica acerca do heterossexismo e da heteronormatividade como regulações das identidades sexuais e de gênero, destacando os efeitos produzidos no cotidiano da vida social e no cotidiano escolar. Deste modo, buscamos contribuir com referenciais teóricos numa perspectiva de problematizar as regulações heterossexistas e trazer à tona as identidades de gênero e sexualidades que se apresentam como resistências, subversões e enfrentamentos à hegemonia dos padrões heteronormativos. Nesse sentido, priorizamos questionar as regulações de gênero e das sexualidades que se dão na cotidianidade da vida em sociedade; e, interrogar os movimentos curriculares que (re)produzem a heterossexualidade no cotidiano da escola. Esse trabalho caracterizou-se como uma pesquisa bibliográfica e utilizou-se do materialismo histórico dialético enquanto método que perpassou o estudo.
Por uma epistemologia feminista
In: Revista Labor, Band 1, Heft 27, S. 45-67
ISSN: 1983-5000
Quando se aborda sobre poder, automaticamente nos referimos a hierarquia entre opressores e oprimidas, e também entre dominadores e dominadas. Sendo que, nessas relações onde se tem o envolvimento de homens e mulheres, os homens de forma geral dominam o papel principal de opressor. Neste contexto, este artigo pretende fomentar sobre as questões temáticas de feminismo, marxismo e relações de gênero no âmbito da educação, dando destaque a alguns autores e pesquisadores que contribuíram para a definição de gênero e suas consequentes implicações. Com o intuito de romper essas barreiras de estereótipos e diferenças, no âmbito educacional este fator se identifica como uma trilha que permite tanto a professores como alunos, adquirir novas percepções e experiências sobre os padrões existentes na sociedade, buscando reduzir os conflitos entre homens e mulheres, dando mais abertura de aprender com as diferenças. O desenvolvimento do artigo se deu por uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória. Contudo, tal divisão acaba por impor às mulheres menor controle sobre o uso do tempo e constitui-se como elemento fundamental no processo de acumulação de capital. Assim, as análises sobre trabalho e gênero não podem ser feitas sem considerar os diferentes tipos de atividade desenvolvidos sobretudo pelas mulheres, as quais muitas vezes não são consideradas trabalho em sua definição geral.
DESPROTEGIDAS E SILENCIADAS: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA AS MULHERES EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL E PANDEMIA COVID-19
In: Revista Feminismos, Band 10, Heft 1
ISSN: 2317-2932
A dominação masculina pode ser pensada como um fenômeno que se molda à ordem simbólica do mundo social. Assim, a violência contra a mulher é uma realidade enraizada na estrutura da sociedade e na tradição cultural, reflexo de um longo período de desigualdade de gênero que permeia a organização social, a dinâmica econômica e as relações de poder. A partir da análise da estrutura patriarcal que rege essas relações e da dominação do masculino sobre o feminino, este artigo busca investigar o papel das políticas públicas no enfrentamento e prevenção da violência doméstica; entender a estrutura de ordem masculina que cria as condições de dominação; e analisar a ocorrência de violência doméstica no Brasil. A pesquisa é bibliográfica, de natureza qualitativa, levanta reflexões acerca da violência, dialogando com conceitos centrais de violência doméstica e de violência simbólica cunhado por Pierre Bourdieu.
A EQUIDADE DE GÊNERO NOS SERVIÇOS EM UM SETOR DE SUPERMERCADO DE ARACAJU
In: Revista Labor, Band 1, Heft 10, S. 32
ISSN: 1983-5000
A pesquisa analisa a expressão da divisão sexual do trabalho em um hipermercado Super Varejo em Aracaju (SE), destacando as especificidades introduzidas com as inovações tecnológicas e organizacionais, particularmente no setor de operadoras(es) de caixa, com o objetivo de desvelar dimensões do processo de trabalho e a construção das diferenças. Foi utilizada a abordagem qualitativa por meio do estudo de caso organizacional, a fim de apreender a dinâmica vivida no âmbito produtivo e reprodutivo. O campo empírico da pesquisa foi o hipermercado Super Varejo, especificamente no setor de frente de loja, composto pelas operadoras de caixa, embaladores, líderes de atendimento e gerentes. Os resultados informam que as imagens de gênero estruturam o processo de gestão/organização do trabalho, as políticas de seleção, treinamento, qualificação, a segmentação dos postos e a divisão sexual dos papéis. Os/as operadoras(es) mobilizam as qualificações 'tácitas' e 'sociais' circunscritas aos limites entre as lógicas da produtividade e de atendimento ao cliente. A construção das trajetórias profissionais é estruturada por estereótipos de papéis masculinos e femininos e refletem expectativas culturalmente estabelecidas. Emerge a necessidade de políticas de equidade de gênero com o objetivo de contribuir para a eliminação de todas as formas de discriminação contra mulheres no ambiente de trabalho.
Reflexões sobre o poder mediadas pelo empoderamento das mulheres na condição de sujeito político
In: INTERthesis, Band 15, Heft 3, S. 38-55
ISSN: 1807-1384
Este artigo tem como objetivo refletir sobre o empoderamento das mulheres na condição de sujeito político, elemento fundamental para sua emancipação e participação ativa na sociedade. Com vistas a alcançar o objetivo proposto, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa de natureza bibliográfica em diálogo com vertentes do conceito de gênero, patriarcado e empoderamento das mulheres. O empoderamento envolve um processo político para gerar compreensão dos complexos fatores que criam subordinação/exclusão das mulheres do mundo público/político e engendrar consciência sobre a reformulação/desconstrução dos atuais esquemas políticos e sociais da sociedade. Captamos, pois, que é preciso levar em conta as relações de poder entre homens e mulheres, e, desta maneira, buscar solucionar não somente condições concretas materiais das mulheres, senão também mudar as relações sociais de gênero na sociedade, construindo democracias com equidade de gênero.
Alianças de gênero
In: Revista Labor, Band 1, Heft 27, S. 08-10
ISSN: 1983-5000
Os textos do Dossiê temático "Alianças de gênero: contribuições para umaepistemologia feminista em educação" tornam-se instigante nesse momento, abordam avanços da epistemologia feminista, do conhecimento humano visto diferentemente, recebendo o auxílio de outros conhecimentos, os quais evoluem de posturas disciplinares, interdisciplinares, multidisciplinares para atitudes transdisciplinares dxs sujeitxs, das suas vidas, das suas emoções, dos seus sentimentos, que estão em constante movimento e mudança. É um ato responsável que contribui para a construção da sociedade que queremos e que almejamos construir, em que devemos ter o compromisso como educadorxs e pesquisadorxs.
Nessa perspectiva, o Dossiê, composto por 16 (dezesseis) textos, avançou no diálogo a fim de promover novas compreensões teóricas e metodológicas em torno dos estudos de gênero, lésbicos, gays, trans, queer, negros e decoloniais e produções artísticas. Agregou estudos com múltiplas abordagens desenvolvidos por pesquisadorxs de diferentes áreas, regiões, instituições, grupos de pesquisas e movimentos.
Desejamos boa leitura e que esse universo potente dos saberes e das práticas possa contribuir para a formação, em diversas dimensões, e para provocar reflexões no campo da interseccionalidade. Do mesmo modo, sua potência seja capaz de fortalecer alianças de gênero, epistemologias e lutas feministas e transfeministas, e ainda fundamentar a elaboração de políticas públicas que abarquem as diversidades de representatividades e necessidades cotidianas objetivas e subjetivas dxs sujeitxs.
Brasil, inverno de 2022.